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segunda-feira, 1 de junho de 2009

CANDOMBLÉ

TUDO SOBRE O CANDOMBLÉ VITOR DE UMBARÁ É OMOJUBÁ MOTUMBÁ MEU PAI

Eu não sei fazer outra coisa a não ser viver pro SANTO MOTUMBÁ MEU PAI ...




TUDO SOBRE... CANDOMBLÉ...



Vários cultos até hoje praticados no Brasil começaram na África, muito antes do nascimento de Cristo; após o século X predominavam basicamente três religiões: cristianismo, islamismo e religiões tribais ou primais.
Na realidade, os cultos afro-brasileiros vêm da prática religiosa das tribos. Por isso, cada uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos, estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e expressar as suas concepções através dos símbolos, a isso chamamos de nações.
Os cultos afros inicialmente eram ritos de preservação cultural dos grupos étnicos.
No Brasil eles associam-se à vinda de escravos negros trazidos de lugares como Nigéria, Benin e Togo. E também estão profundamente ligados à preservação da cultura, da arte e da religião dos negros.
Em diferentes momentos da história, aos poucos, as religiões afro-brasileiras foram se formando nas mais diversas regiões e estados. É justamente por isso que elas adotam diferentes formas e rituais, diferentes versões de cultos, conforme a nação ou região que a originou.
O Candomblé é uma religião musical e culturalmente rica, pois sua dança tem papel muito importante nos rituais. É através da dança que o povo de santo cultua e homenageia seus Orixás.
Diferente do que muitos pensam, o Candomblé é uma religião fundamentada e estruturada, e principalmente monoteísta, o povo de santo crê em um ser superior, criador do céu e da terra, Olorum, o senhor do sopro vital.
O Candomblé é o culto afro que mais preserva as origens africanas em sua integridade, procurando evitar o sincretismo religioso.


Nações do Candomblé:

Gegimarri


Keto


Angola


Ijexá


Efon


Xambá


Nagô


Jêje


Cada uma destas nações vai puxando outras.
A estrutura administrativa do Candomblé é totalmente descentralizada. Cada local tem a sua própria estrutura baseada na função que cada membro exerce no barracão, (casa onde se desenvolvem os rituais) são sacerdotes, pais e mães de santo, iniciados, etc.
Num barracão de Candomblé as tarefas são muito bem definidas, bem como os cargos que são dados pelo pai ou mãe de santo ou diretamente pelo orixá no jogo de búzios. Os participantes iniciados são distribuídos hierarquicamente pelo seu conhecimento, rituais ao qual se submeteu e tempo que freqüenta a casa, ainda respeitando sua condição de possessão pelo orixá (em rituais) ou não, o caso dos
O povo de santo possui um sistema nacional e regional muito bem organizado, que promove a inter-relação dos terreiros। Este sistema compreende uma adaptação pelos escravos da sociedade brasileira no Império.


Entidades

União Umbandista dos Cultos Afro-brasileiros – Entidade coordenadora que organiza, registra os terreiros de Umbanda e Candomblé no Rio de Janeiro। Além disso, presta serviços de assistência social aos associados। Sua sede fica no bairro de Madureira, Zona Norte, à rua Dagmar da Fonseca, 37/grupo 205.

Federação de Umbanda e Candomblé - São Paulo (Capital) - fornece orientação jurídica para os templos religiosos e assessora registrando atas, estatutos sociais e abrindo oficialmente os terreiros.
Oferece também orientação espiritual.
A sede da Federação de Umbanda e Candomblé é na Praça General Costa Barreto, 111 - bairro do Tatuapé, Capital Paulista। Telefone 0xx-21-6673741
Fundamentação Doutrinária
Candomblé é uma palavra africana que significa dança. Propriamente, é uma dança religiosa na qual se reza para os orixás.
Esta dança é uma invocação feita em roda e praticada por mulheres chamadas de sambas, daí o nome tão comum em nosso Brasil a roda de samba.
Todos os seguidores das religiões afro-brasileiras têm seu orixá. Acreditam que todos os seres humanos nascem da Natureza, em um determinado dia, lugar e hora sob o comando de um orixá que será seu protetor por toda a vida.
No Candomblé, o orixá é uma força da criação divina, manifestação de Olorum, o criador de tudo (Deus).
Orixá é energia, é força, é a própria natureza em suas variações, nuances de beleza e devastação, assim é correto dizer que o candomblé é uma dança ritual que culta a natureza em suas mais diversas formas।


Os Orixás


Exu:
Mensageiro, guardião, guerreiro.
Senhor dos caminhos, da comunicação, da inteligência, do bom humor e da sexualidade.
Exu está presente em todos os lugares e mantém contato com todos os orixás e ancestrais. Sua personalidade assemelha-se ao perfil humano. É amante dos prazeres da vida, das cores e odores.
Ferramenta: objeto fálico de madeira – (apaogó)
Comida: farofa de dendê com muita bebida, de preferência aguardente (padê); acarajé; xinxim; (acassé) com azeite de dendê.
Cor da roupa: vermelho e preto. Usa colar com contas vermelhas e pretas.
Animal: bode
Animais de sacrifício: boi, cabra, galo, galinha sempre de cor preta.
Vestes para o ritual: capas majestosas em vermelho e preto.
Local de culto: encruzilhadas – para simbolizar os vários lados de cada caminho.
Dia consagrado: segunda feira (mas pode atuar se solicitado em outros dias).
Ogum:
Deus da guerra, da metalurgia, da tecnologia.
Orixá inventor, grande explorador de caminhos e general dos demais orixás.
Ogum é o filho primogênito da família dos Orixás Caçadores, foi encarregado por Olorum (criador do Universo) para abrir o caminho para todos os orixás e é o guerreiro que nunca é vencido. É Ogum quem abre todos os caminhos da vida. Seu perfil é valente, sério e justo. Sua morada é na floresta.
Elemento: terra
Metal: ferro
Cor: verde e azul (simbolizando a mata e o céu)
Ferramenta: Espada
Comida: milho amarelo cozido, com coco – (axoxó)
Animal: Cachorro
Local de culto: Estradas, principalmente em
estradas de ferro.
Animais de sacrifício: Bode, galo de cor avermelhada.
Vestes: saiotes de cor azul marinho e branco, capacetes de pano bordados com penacho das mesmas cores e uma corrente pendente do penacho.
Dia consagrado: Terça feira.
Oxóssi:
Deus da fauna, da caça, da fartura.
Senhor da Ecologia e patrono dos animais, rei das florestas.
É esposo de Oxum, pai de Logum Edé e pai adotivo de Oiá Iansã. Oxossi é o irmão mais novo de Ogum, e responsável por toda a comida que chega até a nossa mesa. Seu nome significa: “caçador de uma só flecha”.
Devido à popularidade de seu culto, é patrono em muitos terreiros da Bahia.
Elemento: terra
Ferramenta: arco e flecha.
Comida: milho amarelo cozido com coco; feijão fradinho torrado.
Animal: Cavalo.
Cor: Azul turquesa.
Animais de sacrifício: boi, bode, porco, galo mariscado (carijó) galinha d’angola.
Vestes: deve predominar o verde, saiotes de plumas, penacho e capacetes verdes. Nas mãos arcos e flechas podem acrescentar troféus de caça.
Dia: quinta-feira.
Ossaim:
Deus das folhas e vegetação.
Olorum deu aos orixás suas folhas, fundamental para qualquer ritual, mas deu a Ossaim o segredo de todas elas. Ossaim é portanto o senhor das folhas, do verde da vegetação o orixá que conhece o encantamento que permite às folhas liberar seu Axé.
Animais de sacrifício: bode e galo desde que não sejam pretos.
Vestes: cor verde claro, o cetro é um galho de árvore, geralmente de café com seus frutos.
Dia: quinta-feira.
Local: a mata, a floresta.
Oxumarê:
Deus do arco-íris.
Filho da cobra que envolve toda a terra, metade do tempo é masculino outra metade é feminio (meta-meta) está ligado as artes e a beleza desta, também as riquezas da terra.
Animais de sacrifício: carneiro, cágado, galo avermelhado.
Vestes: bem coloridas, verdes e amarelos predominam, um torso colorido na cabeça com uma trança descendo pelas costas, até o chão. Por cima do torso uma coroa com imagem de uma cobra.
Dias: terça-feira e sábado.
Xapanã - Omulú - Obaluaiê
Tem duas formas:
Obaluaiê e Omulu.
Obaluaiê é o Xapanã jovem, das pragas e doenças, da cura. Esta ligado às epidemias e suas curas, representa as impurezas que devem ser expelidas, as fístulas; é o orixá da renovação, é severo e exigente de respeito.
Animais de sacrifício: porco, bode, galo, galinha d’angola nas cores preta e branca.
Comida: pipoca estourada na areia.
Vestes: feitas nas cores das guias, pretas e brancas, recobertas de palha- da- costa, que tapa o rosto e todo corpo.
Dia: segunda-feira.
Omolu é o Xapanã velho, médico dos pobres.
Animais de sacrifício: bode, cabra, galo, galinha d’angola nas cores branca e preta.
Vestes: as mesmas de Xapanã Abaluaê tendo um cetro chamado xaxará.
Xangô: Deus da justiça e do trovão.
Patrono da política, diplomacia, sedução e articulação. Senhor da vida, é o grande Rei dentre os orixás. Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.
Elemento: fogo
Metal: cobre
Comida: guisado de quiabo picado, temperado com dendê, camarão seco, cebola e pimenta.
Cor: vermelha e branca.
Animal: Leopardo
Local de culto: pedreiras
Animais de sacrifício: galo, boi, bode, carneiro todos avermelhados.
Vestes para o ritual: vermelhas e brancas, na cabeça coroa de latão ou cobre, na mão um cetro de latão em forma de machado.
Dia: quarta-feira.
Iansã:
dona dos espíritos dos mortos e dos relâmpagos.
Senhora da alegria e protetora das mulheres, dos ventos e tempestades ganhou de Olorum o poder de controlar os mortos (Eguns).
Seu nome significa “rápida, ligeira”. Filha adotiva de Oxossi, casou-se com Ogum e Xangô.
Junto com Xangô, ela controla o poder do fogo.
Elemento: ar - vento.
Metal: cobre
Comida: acarajé
Ferramenta: espada e uma espécie de cedro feito com rabo de boi.
Animal: búfalo e borboleta.
Local de culto: montanhas e lugares altos.
Cor: vermelho.
Animais de sacrifício: cabra que não seja preta e galinha avermelhada.
Vestes: são coloridas predominando a cor coral, usam muitos colares e enfeites, e na cabeça uma coroa bordada com imbé, franja de pérolas que caem sobre a face.
Dia: quarta-feira.
Oxum:
Deusa das águas, do poder da mulher e do trabalho doméstico.
Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro.
Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.
Oxum casou-se com Oxóssi e logo em seguida com Xangô. Mãe de Iansã e Logum Edé. Vaidosa e bela, Deusa do ouro, ela adora braceletes, coroas e espelhos.
Metal: ouro
Comida: feijão fradinho com camarão seco, cebola e dendê.
Ferramenta: leque com espelhos (abebé)
Animal: pássaro
Local de culto: águas doce.
Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela.
Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa.
Dia: sábado.
Yemanjá:
Senhora dos Mares.
Yemanjá: É a Grande Mãe dos Orixás, a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos. A palavra “Yemanjá” quer dizer “Grande Mãe cujos filhos são peixes”.
Aprecia pratos preparados com milho branco, azeite de dendê, cebola e camarão seco. Iemanjá é uma mulher sensual que encanta os navegantes.
Elemento: água
Metal: prata
Animais de sacrifício: cabra, ovelha. Pata de galinha toda branca.
Vestes: cor branca prateada, podendo ser adornada com azul claro ou rosa. Na cabeça uma coroa de cor branca.
Oferendas: flores, perfumes, jóias, bonecas, sabonetes, sendo que em todos os presentes oferecidos devem predominar cores claras, como a água.
Ferramenta: alforje de prata e o Bebé – leque prateado com pedras azuis, verdes e brancas transparentes.
Dia: sábado.
Animal: peixe
Nanã (Nanã Baruquê)
Orixá da lama e do fundo das águas.
É a mãe dos mortos, controla o portal entre Aye e Orum é a representação da lama, da chuva fina que forma o lodo. É o poder controlador das mulheres idosas que castiga para educar, é grave e severa não tolerando descasos e esquecimentos.
Promove a purificação da atmosfera e a limpeza.
Animais de sacrifício: cabras, galinhas e patas brancas.
Vestes: Roupas brancas com aplicações em roxo claro.
Cor: lilás.
Dias: domingo e terça-feira.
Sincretismo: Santa Ana.
Oxalá
É o Senhor da Sabedoria de dois mundos: Orum (o céu) e Ayê (terra).
Manifestação cósmica do céu, da terra, da luz, da paz e do amor. Foi incumbido por Olorum, criador do Universo, para criar todos os seres da Terra.
É esposo de Nana (a Anciã). Usa um cajado para separar os dois mundos. Seu cajado era feito da madeira da árvore dos orixás, (os irocos), uma árvore mística que ligava a terra ao céu através das suas raízes e galhos. Nos dias de hoje esse cajado é feito de prata. O mundo é dividido em duas partes: Oxalá é o princípio masculino da criação e Ododua o princípio feminino. Ambos se completam e não vivem separados.
Oxalá se apresenta de duas maneiras:
Como ancião – Abauxorô
Como guerreiro – Oxoriã
Tem duas formas de manifestação. Oxaguiã e Obatalá.
Oxaguiã: (nascer do sol) Deus da sobrevivência da criação, da cultura material.
Obatalá ou Oxalufã: (pôr do sol) Deus da criação e da humanidade.É o pai de todos os orixás.
Senhor do ar, do branco, da fala, símbolo da paz.
Chamado por muitos o Velhão.
Metal: prata
Animal: caramujo
Comida: massa de milho cozido colocado numa casca de banana, canjica branca com azeite doce.
Símbolo de proteção: grande pano branco.
Animais de sacrifício: boi pequeno, novilho, bode, cabra, carneiro, galinha e pombo sempre de cor branca. O pombo nunca deve ser sacrificado, é simplesmente oferecido e posto em liberdade, todos os animais devem ser brancos ou claro e sempre fêmea, com exceção do pombo que em alguns casos pode ser o casal.
Vestes: brancas com braceletes desenhados com búzios e opaxorô prateados tendo na sua extremidade superior uma esfera encimada por uma pomba de asas abertas.
Dia: sexta-feira.
Erê ou Ibêji:
Mediador entre Iaô e Babalaô.
Ao Erê não existe dia especialmente consagrado, pois atua às vezes antes da vinda dos orixás (transmite ordens recebidas dos orixás, vibrações).
É o Deus das guloseimas.
Nas manifestações de Erê, o Iaô sob a sua vibração se comporta como criança.
Ifá:
Protetor do jogo de búzios, das artes divinatórias, de cola de dendê.
Este orixá jamais se incorpora, mas atua de outras maneiras.
Dia consagrado: domingo.
Danças e ritmos
Durante os cultos, no Candomblé, predominam sempre, ritmos empolgantes e sons de instrumentos de percussão, num compasso bem marcado.
Por causa de seu rito, o candomblé se tornou conhecido como uma dança religiosa, de origem africana, na qual os iniciados reverenciam seus orixás. Esta dança é praticada principalmente por pessoas do sexo feminino, chamadas sambas.
Em seus ritos, a palavra orixá tem o peso de designar as forças cósmicas e vivas da Natureza, numa tradição que remonta aos homens primitivos.
Cerimônias
São várias as cerimônias no Candomblé. Quando um orixá está sendo homenageado, com os atabaques batendo e os iniciados e participantes cantando e dançando, pode acontecer que um dos presentes não iniciado receba a vibração do orixá que se homenageia. Com essa vibração, o participante entra em estado de inconsciência, em transe, caindo ao solo, num fenômeno chamado internamente de “bolar para o santo” ou “virar no santo”, se já for um iniciado. A pessoa em transe é levada para o roncó, onde ficará aguardando as determinações do babalaô, que mais tarde confirma o orixá manifestado, através da consulta ao Ifá (jogo dos Búzios). Depois disso ele realiza a cerimônia de feitura do orixá na cabeça.
Jogo dos Búzios
É uma das formas de se consultar o orixá Ifá, o orixá da adivinhação.

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