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quarta-feira, 22 de julho de 2009

EFÓ

TUDO SOBRE O CANDOMBLÉ VITOR DE UMBARÁ É OMOJUBÁ MOTUMBÁ MEU PAI

Eu não sei fazer outra coisa a não ser viver pro SANTO MOTUMBÁ MEU PAI ...

Efó - é um prato típico da cozinha da Bahia.

Ingredientes


Meio quilo de
camarão seco, descascado.
Pimenta-malagueta em pó.
Meio dente de
alho.
Uma
cebola.
Uma pitada de
coentros.
Um maço de
língua-de-vaca (ou taioba, ou bertalha, ou espinafre, ou mostarda)

Preparação
Primeiro, aferventa-se a língua-de-vaca, escorre-se na peneira, estende-se na tábua e bate-se bem com a faca, até ficar informe.
Enxuga-se e estende-se na peneira para secar toda a água.
Cozinha-se no azeite-de-dendê puro, temperado com todo o resto.
E a panela fica tampada, para suar.
Come-se com
arroz.
Nanã, rainha das águas doces, quando escolhe, pede um bom efó de língua-de-vaca: língua-de-vaca, erva muito comum na Bahia. Alguns autores citam como sendo a mostarda, mas é inexato.

Nanã Buruku

Nanã Buruku, Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu, Nanã Borutu é o Vodun das chuvas, dos mangues, do pântano, da lama (barro molhado), senhora da Morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne). Identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejilobon e representado materialmente pelo candomblé através do assentamento sagrado denominado igba nanã. Vodun é uma tradição religiosa originada na África Ocidental, que se tornou proeminente no Novo Mundo, devido à importação de escravos Africanos. Vodun da África Ocidental é a forma original da religião; Vodou haitiano, Voodoo da Louisiana e Candomblé Jeje no Brasil, são os seus descendentes no Novo Mundo.
Vodum - O Culto aos Voduns no Brasil é feito pelo Candomblé Jeje;
Vodou haitiano - É o Culto dos Vodous no Haiti;
Vodun da África Ocidental - Religião tradicional africana cultuada da Nigéria até Gana
Voodoo da Louisiana - Culto de Vodun nos Estados Unidos.
Voodoo Graphics PCI, fabricante de processadores gráficos

Merindilogun


Merindilogun ou Merindelogun - vem da palavra Erindinlogun e a tradução é dezesseis, sistema utilizado na África pelos yorubás algumas vezes chamado de dilogun (abreviatura de merindilogun), entregue ao sacerdote no ritual de oyê depois da obrigação de odu ejé.
É um dos muitos métodos divinatórios utilizado pelos
Babalawos, Babalorixás e Iyalorixás que conta com 16 búzios. É um método diferente do jogo de búzios, pois nele ocorre a interpretação das caídas dos búzios por odù e (cada odù indica diversas passagens) de acordo com a

mitologia yorubá.

No merindilogun, antes do arremesso dos búzios é Ifá o intermediário, quando eles caem dando a quantidade, o intermediário passa a ser Exu Elegba, que sempre acompanha Ifá. As caídas são dadas conforme a quantidade de búzios abertos e fechados resultante de cada arremesso. A resposta para cada quantidade de búzios abertos e fechados, corresponde um Odù e como ocorre no Opele-Ifa, esse odù deve ser interpretado, transmitindo-se ao consulente tanto o significado da caída, quanto o que deve ser feito para solucionar o problema.
Índice
[
esconder]
1 Caída de Búzios
2 História
3 Referências
4 Ver também
//

Caída de Búzios

Opon Meridilogun.
Um búzio aberto -
Okaran
Dois búzios abertos -
Ejiokô
Três búzios abertos -
Etaogundá
Quatro búzios abertos -
Irosun
Cinco búzios abertos -
Ôxê
Seis búzios abertos -
Obará
Sete búzios abertos -
Ôdi
Oito búzios abertos -
Êjioníle
Nove búzios abertos -
Ossá
Dez búzios abertos -
Ôfun
Onze búzios abertos -
Ôwarin
Doze búzios abertos -
Êjilaxeborá
Treze búzios abertos -
Êjilobon
Quatorze búzios abertos -
Iká
Quinze búzios abertos -
Obéogundá
Dezeseis búzios abertos -
Êjibé

História


Em 1830 em
Salvador, Bahia, eram raros os que tinham a função do jogo de búzios por odu, que era consultado apenas para os desígnios do plano divino, diferente do tempo atual que é procurado para resolução de vários tipos de problemas inerentes aos conflitos existenciais, e a busca de conhecer seus procedimentos, e que encanta não só ao povo do santo.
O
jogo de búzios instituído no Brasil contribuiu para a organização do candomblé, sofrendo transformação para ser utilizado pelas mulheres e no futuro, por todos os dirigentes de candomblés que vieram a ser formados. Esta nova modalidade foi feita por Ìya Nàsò e Bàbá Asikan que depois de libertos da escravidão, viajaram para a África e voltaram depois de sete anos. Esta simplificação tornou-se menos complexa, promovendo uma mudança radical de status religiosos. A autoridade dos antigos Bàbáláwo e Bokonun que ocupavam a hierarquia máxima sacerdotal na África, desapareceu aqui no Brasil, tornado os Babalorixá e Iyalorixá independentes, dirigentes de seus próprios terreiros de candomblé. Ficando apenas o costume daquele que joga intitular-se Bàbáláwo, embora indevido, pois este título é aplicado somente para quem joga o Ifá ou Opele-Ifá.
Por outro lado os sacerdotes de nações Bantos que já tinham seu próprio
jogo de búzios e não eram orientados pelas caídas de Odu, nessa ocasião passaram a mesclar seu jogo, ora por caída ora por Odu, mas muitos deles optaram por continuar usando seus métodos de jogo, mantendo suas tradições.

Referências


Jogo de búzios - Um encontro com o Desconhecido - José Beniste.
Odus

Ver também
Culto de Ifá
Ifá
Jogo de búzios
Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Merindilogun"
Categorias: Mitologia yoruba Ifá Religiões afro-brasileiras

Êjilobon

Êjilobon é um odu do oráculo de ifá, representado no merindilogun com treze conchas abertas pela natureza e três fechadas. Nesta caída responde Nanan, Omolu, Egun, Obaluaye, Iku. Significa que a pessoa trabalha muito e ganha pouco, tudo que recebe acaba perdendo. Tem grandes dificuldades amorosas, trocando de parceiros varias vezes na vida e com tendência a solidão. Apesar de ter problemas nos ossos, artrite, artrose, coluna e dores no corpo tem longevidade.

Igba nanã

Igba nanã ou assentamento de nanã como é chamado popularmente pelo povo de santo na cultura Nagô-Vodun, são construídos com dois recipientes diferentes, barros e porcelana.

Confecção


Dentro de
terrina de porcelana ou de barro, são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e salgada, pulseiras de marfim, (sabendo-se que nenhum objeto de metal pode compor este sagrado Igba orixa, pois é considerado ewo), búzio, vários tipos de sementes como aridan, orobô, obi e olho de boi, miniatura de ibiri e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial uma planta chamada gervão, onde é fixado uma pena de ekodidé, juntamente com um montículo de efun e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre cinco (5) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os
pontos cardeais e pontos colaterais, confirmando sua ligação com o odu ejilobon, ornados com cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios, conchas e objetos de marfim.
A parte superior é coberta com um
cuscuzeiro de barro com sete orifícios, onde são depositadas cuidadosamente as sete colheres de pau, simbolizando o ibiri, ornado com grande quantidade de búzio e marfim. Não necessáriamente das presas do elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e branca que constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.
Nota: Todos assentamentos "
igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.


Qualidade de Nanã


Igbayin
Buruku
Igbónán
Asayio
Asanan
Insele
Tinoloko
Ajaosi
Ìkure

Cor:
lilás e roxo
Metal: nenhum
Dia da semana:
terça-feira
Predominância:
morte, vida, reencarnação, medicina, doenças, chuvas, enchentes, deficiência visual, lama, manguezal, pessoas desabrigadas e idosas.


Saudação: Salubá Nanã!

As lendas de Nanã
Afirma-se que Nanã era a rainha de um povo e que tinha poder sobre os mortos. Para roubar esse poder,
Oxalá desposou-a, mas não ligava para ela. Nanã, então, fez um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu como ela queria mas, por causa do feitiço, o filho, Omolu nasceu todo deformado. Horrorizada, Nanã jogou-o no mar para que morresse. Como castigo pela crueldade, quando Nanã engravidou de novo, Orunmilá disse que o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo. Assim, nasceu Oxumaré, que durante seis meses do ano vive no céu como o arco-íris, e nos outros seis é uma cobra que se arrasta no chão.
Em outra
lenda, conta-se que, na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore. Nanã então chamava os Eguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu a sua entrada no Jardim dos Eguns. Oxalá então espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi ao jardim e ordenou aos Eguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela" (ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido. Hoje no Culto aos Egungun só os homens são iniciados para invocar os Eguns.
Uma terceira lenda refere que, certa vez, os
Orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o Orixá do ferro, o que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não era tão importante assim, torceu com as próprias mãos o pescoço dos animais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifícios para Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.

Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogênito com Oxalá, Omulu, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais (Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a baniu do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou seu pobre filho, no pântano.
Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando seu nome era pronunciado todos se jogavam ao chão. Senhora das
doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omulu. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. É um vodun, segundo alguns pesquisadores, originário de Dassa-Zoumé, é uma velha divindade das águas. Pierre Verger encontrou um Templo Dassa-Zoumé e o sacerdote do seu culto.
A área que abrange seu culto é muito vasta e parece estender-se de leste, além do
rio Níger, até a região Tapá, a oeste, além do rio Volta, nas regiões dos "guang", ao nordeste dos Ashanti.
Entre os
fon e mahi ela é considerada uma divindade hermafrodita, anterior a Mawu e Lissá, aos quais teria dado origem em associação com a "serpente do Universo" Dan Aido Hwedo. Para os ewes e minas, ela é às vezes vista como um vodun masculino (Nana Densu), esposo da grande mãe das águas Mami Wata.

Brasil


Nanã Buruku é cultuada no
Candomblé Jeje como um vodun e no Candomblé Ketu como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue, pântano, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiyê, Iroko, Osanyin, Oxumarê e Yewá.
Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginada como uma
anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões Afro-brasileiras. Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com os espíritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos, Nanã Buruku poderia ser equiparada à deusa greco-romana Deméter-Ceres-Cíbele.
A existência do culto de Nanã Buruku é atribuída a tempos remotos, anteriores à descoberta do
ferro, por isso, em seus rituais, não costumam ser utilizados objetos cortantes de metal.
O
baobá ("Adansonia digitata L.", em iorubá ossê e em Fon akpassatin) é sua árvore sagrada.
No
sincretismo afro-católico, Nanã Boroquê, como é chamada na Umbanda, é equiparada à Sant'Ana.

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