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sábado, 15 de janeiro de 2011

Sasanha

Irokò "Gameleira" "Gameleira-branca" Clorophora excelsa, Maraceae,Clorophora excelsa.



espécie Verbenaceae, Gervão.



Folha de Akoko.Newbouldia laevis Seem. Bignoniaceae



Piper rivioides, Piperaceae, Ewê boyí funfun, bétis-branco


Vernonia. Aluman.




Petiveria (Guiné).



Quebra-pedra, Phyllanthus niruri



Tradescantia spathacea. espada de Iansã, Ida oya



peregun, nativo dracaena




Solanum nigrum, arrebenta-cavalo.



Solanum nigrum, arrebenta-cavalo.



Folhas sagradas: Ewé Orò ou Folhas de Orô é como são chamadas as folhas, plantas, raízes, sementes e favas utilizadas nos preceitos e cerimônias como água sagrada das Religiões Afro-brasileiras.
A folha tem uma importância vital para o povo do santo, sem ela é impossível realizar qualquer ritual, dai existe um termo corriqueiro do povo do santo que diz: ko si ewe, ko si Orixa ou seja, (sem folha não existe Orixá).
Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e nem todas servem para o banho ritual, nem para os ritos. O seu uso deve ser estritamente recomendado pelo Babalorixá ou em comum acordo com o Babalosaim (sacerdote conhecedor da ação, reação e consequência do poder das folhas), pois só estes sabem a polaridade energética, "positiva ou negativa" de cada uma delas e a necessidade de cada indivíduo. Para sua utilização nos ritos, deve-se saber as Sasanha (cânticos específico para folha) e o Ofó (palavras sagradas) que despertam seu poder e força "axé". Ossaim é o grande Orixa das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas, pode trazer progresso e riqueza. É nas folhas que está à cura para vários tipos de doenças, para corpo e espírito. Portanto, precisamos lutar sempre por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.

Folhas de Orò mais importantes:


Akoko "Acoco" ou Primeira-folha
Newboldia laevis Seem, Bignoniaceae

Irokò "Gameleira" "Gameleira-branca"
Clorophora excelsa, Moraceae ou Ficus doliaria, Moraceae

Odundum "Folha-da-costa", Folha-da-fortuna", Abamoda "àbámodá" ou "Saião"
Kalanchoe brasiliensis, Crassulaceae

Imu "Begônia ou Azedinha"
Begonia cucculata, Begoniaceae

Awurepepe "Pimentinha-d'água"
Spylanthes acmella, Asteraceae

Oxibatá "Baronesa"
Nymphaea lotus, Nymphaeaceae

Oju Orò "Erva-de-santa-luzia"
Pistia stratiotes, Araceae

Misi misi "Vassourinha-de-relógio" ou "Vassourinha-mofina"
Scoparia dulcis, Scrophulariaceae

Ida oya"Espada-de-iansã"
Tradescantia spathacea, Commelinaceae

Owu "Algodão"
Gossypium sp., Malvaceae

Gboro ayabá, "Salsa-da-praia" ou kissajá
Ipomea asarifolia, Convolvulaceae

Orinrin "Alfavaquinha-de-cobra"
Peperomia pellucida, Piperaceae

Atipolá "Erva-tostão", "Bredo-de-porco", "Pega-pinto" ou "Tangaraca"
Boerhavia diffusa, Nyctaginaceae

Teteregun "Cana-do-brejo"
Costus spicatus, Costaceae

Tótó "Água-de-alevante" ou "Colônia"
Renealmia brasiliensis, Zimgiberaceae

Iji opé "Dendezeiro"
Elaeis guineensis,Arecaceae

Ogbó "Orelha-de-macaco"
Niervillia umbrosa, Orchidaceae

Ewe Abebé "Capitãozinho"
Hydrocotyle bonariensis,Araliaceae

Ewe jeje "Jequiriti"
Abrus precatorius, Fabaceae

Alukeresé "Dama-da-noite"
Ipomea bona-nox, Convolvulaceae

Ewê boyí funfun "Bétís-branco"
Piper rivioides, Piperaceae

Jogbô "Neves-folha" ou "Neves"
Hyptis pectinata, Lamiaceae

Efirin "Manjericão"
Ocimum basilicum, Lamiaceae

Sunkawa "Arrozinho"
Zornia reticulata, Fabaceae

Ifin funfun "Malva-branca" ou "malva"
Abutilon x. hybridus, Malvaceae

Tamandê "Arnica-do-campo"
Solidago microglossa, Asteraceae

Ewê odã "Erva-silvina" ou "Erva-fetos"
Polypodiumvulgare, Polypodiaceae

Amunimuyê "Balainho-de-velho"
Centhratherum punctatum, Asteraceae
Solé "Maria-preta"
Eupatorium ballotaefolium , Asteraceae

Iyabeyin "Mãe-boa"
Ruellia geminiflora, Acanthaceae

Ewe ajé "Erva-da-riqueza"
Alternanthera tenella, Amaranthaceae

Godogbodó "Trapoeraba"
Commelina diffusa, Cammelinaceae

Ewê Iyá "Caapeba"
Potomorphe umbellata, Piperaceae

Wuê mimolé "Brilhantina"
Pilea microphylla, Urticaceae

Ejá Omodé "Aguapé"
Eichornia crassipes, Pontederiaceae

Teté ou ewe tetê "Bredo" ou "Caruru-sem-espinho"
Amaranthus viridis, Amaranthaceae

Makassá ou Macassá, "Catinga-de- crioula" ou "Catinga-de-mulata"
Hyptis mollissima benth, Lamiaceae

Eré tuntún "Levante-miúda" ou "Levante"
Mentha citrata, Lamiaceae

Tanaposó "Bonina"
Mirabilis jalapa, Nyctaginaceae

Ewê mensã "Pára-raio" ou "Cinamomo"
Melia azedarach, Meliaceae

Ewê diji ou Ewe ojé"Erva-prata"
Solanum argenteum, Solanaceae

Okpá orô "Capianga"
Vismia guyanensis, Clusiaceae

Botujé"Pinhão-branco"
Jatropha curcas, Euphorbiaceae

Ewê inãn "Folha-de-fogo"
Clidemia hirta, Melastomataceae

Ajagbaô "Tamarineiro"
Tamarindus indica, Fabaceae

Gbji "Capim-de-burro"
Cynodon dactylon, Poaceae

Okowô "Erva-vintém"
Drymaria cordata, Caryophyllaceae

Ogbê akunko "Crista-de-galo"
Heliotropium indicum, Boraginaceae

Ajobi funfun "Aroeira-branca"
Schinus molle, Anacardiaceae

Ipesã ou ipesanhe "Birrero ou Bilreiro"
Guarea trichilioides, Meliaceae

Omun "Samambaia-de-poço"
Lygodium polimorphum, Schyzacaceae

Peregun ko "Dracena-listrada"
Dracaena fragrans var. massangeana, Ruscaceae

Pèrègún "Peregun" ou "Nativo"
Dracaena fragrans var. typica, Ruscaceae

Ewê bajutoná "Erva-pombinho" ou "Quebra-pedra"
Phyllanthus niruri, Phyllanthaceae

Kunkundukunku "Batata-doce"
Ipomoea batatas, Convolvulaceae
Alukpayidá "Língua-de-galinha"
Uraria picta, Fabaceae

Awian "Cascaveleira" ou "xiquexique"
Crotalaria retusa, Fabaceae

Afon "Espelina-falsa"
Clitoria guyanensis, Fabaceae

Atorinã "Sabugueiro"
Sambucus australis, Adoxaceae

Bujê "Jenipapo" , "Genipapero" ou "Janipapeiro"
Genipa americana, Rubiaceae

Igba ajá "Jurubeba"
Solanum paniculatum, Solanaceae

Iteté "Janaúba" ou "Agoniada"
Plumeria rubra var. lancifolia, Apocynaceae

Etítáré "Maricotinha" ou "Alfavaca-de-cobra"
Monnieria trifolia, Rutaceae

Odé okoxu "Caiçara"
Solanum erianthum, Solanaceae

Ewê lará "Mamona-branca"
Ricinus communis, Euphorbiaceae

Ewê Odé "Carrapicho-beiço-de-boi"
Desmodium adscendens, Fabaceae

Ojusaju "Guiné-tipi"
Petiveria alliacea, Phytolaccaceae

Okiká "Cajazeira"
Spodia mombin, Anacardiaceae

Ewurô "Alumã" ou "Alumon"
Vernonia bahiensis, Asteraceae

Atoribé "Milhomens ou Milomens"
Aristolochia gigantea, Aristolochiaceae

Ida orixá "Espada-de-ogum"
Sansevieria zeilanica

Labelabê "Tiririca"
Fuirena umbellata, Cyperaceae

Elexu "Arrebenta-cavalo"
Solanum capsicoides, Solanaceae

Falákálá "Corredeira"
Chamaescyce hirta, Euphorbiaceae

Exixi "urtiga graúda"
Laportea aestuans, Urticaceae

Jojofá "Cansanção (planta)"
Urera baccifera, Urticaceae




Igba orixa

Igba orixa, ibá orixa ou simplesmente ibá é o nome dos assentamentos sagrados dos orixás na cultura nago vodun, onde são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada um deles na feitura de santo. Ao lado de cada um dos igbas encontramos talhas, quartinhas e quartiões, que devem conter o líquido mais precioso da vida chamado pelo povo do santo de omin (água).

Cada igba orixa é uma representação material e pessoal, simbolizando a captação de energia oriundo da natureza, ligado aos orixás correspondentes e sempre emanando energias para seus adeptos e crentes.

Assentamentos (igba orixá) mais importantes num terreiro de candomblé


Igba exu
Igba ogun
Igba oxosse
Igba ossaim
Igba obaluaye
Igba omolu
Igba xango
Igba oxumare
Igba iywa
Igba oxun
Igba yemanja
Igba oya
oya igbale
Igba oba
Igba nanã
Igba logunede
Igba oxaguian
Igba oxalufan
Igba Ori

Igba exu: ou assentamento de exu como é chamado comumente pelo povo de santo, são confeccionados de várias formas, muitos são vistos em panela de ferro, alguidá, panela de barro, muitas vezes modelado com tabatinga, em forma humana completa, ou apenas busto, com olhos e boca feito de búzios. Igba exu também pode ser representado por uma pedra, preferencialmente de laterita ou um montículo de terra, contendo vários elementos do reino animal, vegetal e mineral.
Uma mistura especial é feita pelo babalorixá ou iyalorixá, em conjuto com a Iyamorô, contendo azeite-de-dendê, mel, vinho, diversos tipos de bebida alcoolica e sal. As folhas sagradas de exu são maceradas com enxofre, mercúrio, carvão vegetal, inúmeros tipos de pimentas, não pode faltar (atarê, lelecun, begerecum, aridan e aberê).
Pelo menos sete tipos de metais são colocados: Ouro, prata, cobre, zinco, ferro, níquel e estanho, depois de ser banhado em água sagrada. Juntando-se tudo a terra de sete encruzilhadas e de alguns estabelecimentos comerciais e coloca no respectivo recipiente, ornando com os tridentes e lanças, moedas antigas e atuais, e muitos búzios. Deve conter no assentamento pelo menos uma quartinha com quatro búzios dentro, para fazer a consulta em momento oportuno.


Igba ogun: ou assentamento de ogum como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos de várias formas, seguindo o mesmo princípio. As vezes são vistos em panela de ferro, alguidá, panela de barro, ou recipientes de metal como cobre,alumínio e bronze, todavia sempre com artefatos do metal ferro,(martelo, foice, espada, torquês, pá, picareta, facão), no mínimo de sete ferramentas e no máximo de vinte e uma. Justificado a mitologia Yoruba como o orixá ferreiro, senhor dos metais, caminhos e da agricultura.
Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis. Determinados assentamentos de ogum são preparados da mesma forma do Igba exu, embora o ato de sacralização seja diferente.
Nota: Todos assentamentos igba orixá , devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixás ou Iyalorixás.

Igba oxosse: ou assentamento de oxosse como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos de duas formas, todavia as duas formas são semelhantes no que se refere a um artefato de ferro em forma de arco e flecha denominado de ofá e um otá de cor escura.


Diferença


O ofá é fixado numa haste do mesmo metal, com base arredondada para que o conjunto possa ficar em pé dentro de uma alguidá ou qualquer outro recipiente de barro. A grande diferença é que alguns assentamentos são confeccionados com uma mistura especial de argamassa, contendo vários elementos do reino animal, vegetal e mineral como folha sagrada, oguê, iruexin, rabo de tatu, chifre de veado e o ofá fixado nesta mistura sagrada.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.



Igba ossaim: assentamento de osain ou agué, como é chamado popularmente pela cultura Jeje-Nago, são construídos com recipientes de barro como alguidá, quartinha, talha etc.

Confecção

Sobreposto em um alguidá um vasso de barro ou talha de duas ou três alças, são dispostos vários apetrechos, são encontrados vários tipos de búzios, moedas antigas de prata, cobre e níquel, vários tipos de sementes como aridan olho de boi, lelecun, bejerecum, aribé, obi, atarê orobô, miniatura de cachimbo em quantidade de quatorze (14) confirmando sua ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial sete plantas chamadas gervão,akoko, Irokò, Kunkundukunku, Ewê lará, peregun, Iji opé. Nesta mistura perfeita fixa um Oposayin "ferramenta de ossaim" uma haste central com um pássaro na ponta construído de ferro, do meio dessa haste saem sete pontas, onde são colocados os cachimbos, em baixo o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.
Geralmente uma talha ou um pote bem grande contendo no mínimo quatorze (14) tipos de folha sagrada e uma pequena cabaça cheia de fumo de corda, serve de suporte para este precioso igba orixa.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.


Igba obaluaye: ou assentamento de obaluaye como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com dois recipientes de barros de formas arredondadas, na parte inferior um alguidá e na parte superior um cuscuzeiro, simbolizando o planeta terra, em alusão ao seu nome, Oba (rei), Olu (senhor), Aye (mundo ou Planeta terra), "Beniste Orum Aye".

Confecção

Dentro do alguidá são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes como aridan e olho de boi, miniatura de xaxará e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial uma planta chamada gervão, onde é fixado uma pena de ekodidé e o sagrado apetrecho mais importate de todos os orixas, o otá.
A parte superior é um cuscuzeiro de barro com sete orificios, onde são depositadas cuidadosamente as sete lanças chamadas de Ichã, ornado com grande quantidade de búzio (religião) e marfim. Não necessáriamente das presas do elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e branca que constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.





Omolu: pode se dizer que omulu tem os mesmos apetrechos que obaluayé.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

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Igba xango: ou assentamento de xango como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com recipientes de madeira denominado de gamela, podendo ser de formato arredondadas ou ovaladas. São utilizadas três tipos de árvores diferentes em sua construção, conhecida no Brasil como jenipapeiro, jaqueira e umbaúba.

Confecção

Dentro da gamela principal tem dispostos vários apetrechos, podemos encontrar várias moedas de cobre, pulseiras e pequenos machados do mesmo metal, três tipos de sementes são indispensáveis, são elas aribés, orobôs e aridans em quantidade de 6 em acordo com o odu obara ou 12 ejilaxebora. Um apetrecho especial, bem peculiar a este grande orixá é o meteorito, podendo ser aerólito, astrólito, meteorólito, uranólito, pedra-de-raio. Todavia, muitas pedras (itá) consagrada ao orixá xango tem formato de machado, em particular uma pedras do período neolítico, utilizadas como utensílios pelos humanos na pré-história fazem parte do igba orixá, também chamada de Aráodu.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba oxumare: assentamento de oxumare, dan, dangbe, e becem como é chamado popularmente pela cultura Jeje-Nago, são construídos com recipientes de barro como alguidá, cuscuzeiro, quartinha, talha etc.

Confecção

Dentro de um alguidá ou cuscuzeiro "de pé", são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes como aridan olho de boi, orobô, miniatura de serpente em quantidade de quatorze (14) confirmando sua ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial duas plantas chamadas gervão e Kunkundukunku, onde é fixado um caduceu e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.
Geralmente uma talha ou um pote bem grande é ornada com grande quantidade de conchas e búzios, contendo o líquido mais precioso do universo denominado de Omim preferencialmente de chuva, serve de suporte para este precioso igba orixa.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.


Ewá, Euá, Iyewa: Orixá feminino, é a divindade do rio e da lagoa Iyewà na Nigéria. Uma das iabás, considerada ora irmã de Iansã, ora esposa de Oxumarê. Seu nome significa maezinha do carater.
"Na Bahia é cultuada somente em três casas antigas, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas não captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Iyewa , quando na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Oxum ou Oyá." Em 1981, houve uma saída de Iyewá no Ilê Axé Opô Afonjá, após mais de 30 anos da iniciação da anterior.
As cores de seus colares (fio-de-contas) são o vermelho e azul(tranparentes). Usa como insígnias a âncora e a espada, ofá que utiliza na guerra ou na caça, brajás de búzios, roupa enfeitada com iko (palha da costa) tingida. Gosta de pato, também de pombos, odeia galinhas. Há um vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão. Saudação – "Riró!".
Arquétipo
É raro encontrar uma filha de Yewá. Els são valentes e guerreiras, muito belas e conquistadoras. Sabem o que querem e vão até o fim. São prestativas e se preservam quanto a moral e educação, ou expor seus sentimentos.

Lendas:

O seu grande ewó (coisa proibida) é a galinha. Corre a lenda entre as casas antigas da Bahia que cultuam Iyewa, que certa vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espaço veio a galinha e ciscou, com os pés, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Iyewa que tornar a lavar tudo de novo. Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com os pés espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comê-la, daí, durante os rituais de Iyewa, galinha não passar nem pela porta. E
sse ewó na África e uma lenda idêntica.
Conta-se que Iyewá era uma linda virgem que se entregou a Xangô, despertando o ciúme e a ira de Iansã. Para fugir da senhora dos ventos e tempestades, se escondeu nas florestas com Oxóssi, tornando-se uma guerreira e caçadora


Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.</<>



Igba oxun: ou assentamento de oxum como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre com detalhes na cor amarela e dourada, simbolizando sua ligação e domínio com a gema do ovo. Geralmente no centro da terrina sai uma haste com um abebé ou um peixe dourado na ponta, construído de metal amarelo, chamado de ferramenta de oxum.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de oito (8) ou dezeseis (16) búzios, cinco (5) pequenas bolas de ouro e cobre, obis, moedas de cobre e ouro, confirmando sua ligação com o odu Ôxê, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa, azeite doce em alguns tipos de oxum azeite de dendê e mel de abelha.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com búzios de praia, colares de ouro, colheres douradas e muitas jóias a depender da posse do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia de água, geralmente com muito perfume, chamada pelo povo de santo de água de cheiro .
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba yemanja: ou assentamento de yemanja como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com materiais de porcelana, louça ou cristal, geralmente na cor branca, mas podendo ser de cores variadas dependendo da qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e salgada, obis, fava de yemanja aridan moedas de prata, confirmando sua ligação com o odu ossá, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com azeite doce, manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa e mel de abelha.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com conchas e vários cristais que termina em pirâmides de seis lados e conservados em água dentro do vaso do mesmo material.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba Oya: ou assentamento de iansan como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre com detalhes na cor vermelha ou marron, simbolizando sua ligação com o fogo. Geralmente no centro da terrina sai uma haste com uma espada na ponta, construído de metal acobriado, chamado de ferramenta de Oya.

Peculiaridade no igba de oya igbale
Assentamentos de Oya ygbale no Candomblé. Dentro de uma terrina de porcelana ou louça exclusivamente na cor branca ou branca e prateada são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de nove (9) a onze (11) búzios, nove (9) ou onze (11) pequenas bolas de ouro branco e prata, obis, moedas de prata e ouro branco, confirmando sua ligação com o odu ossá e owarin, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com mel de abelha, azeite doce e manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre um (1
) prato que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com dois (2) ogues, dois (2) erukeres, onze (11) idés de prata ou de ouro branco, nove (9) ichãs e uma grande cabaça, que será utilizada nos rituais fúnebres denominado de axexe. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia de areia ou terra, simbolizando sua ligação com mensan orum e os ancestrais (eguns).
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.



Oyá Igbalé: Oya Ygbale, Iansã do Balé, são títulos pertinente a Oya Mensan Orum, "Mãe dos nove céus" ou dos nove Planetas. sua saudação é Iyá Mesan Orun e Èpa heyi!. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu odi, ossá e owarin e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado Igba oya. Oyá Igbalé é a denominação usada pelo candomblé e povo do santo por sua ligação e domínio do cemitério ("igbale" ou "balé"), depois que Omolu ofertou-lhe parte de seu poder para conduzir os ancestrais egungun. Vestindo-se de branco com o seu irukerê é encarregada de separar os vivos dos mortos e adorada por todos, venerada no ritual de (iku) Axexê.

Qualidades de Oya Ygbale


1 Oyà Gbale Funán
2 Oyà Gbale Fure
3 Oyà Gbale Guere
4 Oyà Gbale Toningbe
5 Oyà Gbale Fakarebo
6 Oyà Gbale De
7 Oyà Gbale Min
8 Oyà Gbale Lario
9 Oyà Gbale Adagangbará


Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.


Igba nanã: ou assentamento de nanã como é chamado popularmente pelo povo de santo na cultura Nagô-Vodun, são construídos com dois recipientes diferentes, barros e porcelana.

Confecção

Dentro de terrina de porcelana ou de barro, são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e salgada, pulseiras de marfim, (sabendo-se que nenhum objeto de metal pode compor este sagrado Igba orixa, pois é considerado ewo), búzio, vários tipos de sementes como aridan, orobô, obi e olho de boi, miniatura de ibiri e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial uma planta chamada gervão, onde é fixado uma pena de ekodidé, juntamente com um montículo de efun e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre cinco (5) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, confirmando sua ligação com o odu ejilobon, ornados com cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios, conchas e objetos de marfim.
A parte superior é coberta com um cuscuzeiro de barro com sete orifícios, onde são depositadas cuidadosamente as sete colheres de pau, simbolizando o ibiri, ornado com grande quantidade de búzio e marfim. Não necessáriamente das presas do elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e branca que constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba oxaguian: ou assentamento de oxaguian como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com materiais de porcelana ou louça na cor branca, bem parecido com o Igba oxalufan, diferenciando-se por determinados apetrechos. Geralmente com um agadá "espada", escudo, mão de pilão e pombos, todos contruidos de prata, chumbo ou estanho preso na tampa que cobre uma terrina onde são guardados os objetos mais valiosos deste orixá.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de oito (8) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo, obis, moedas de prata, confirmando sua ligação com os odus ejionile, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa, azeite doce e mel de abelha.
A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios e objetos de marfim, colocada cuidadosamente sobre um Pilão.
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Oxalufan, Oxalufã ou Oxalufon: Orixá africano cultuado em todo o Brasil por todas as religiões afro-brasileiras, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ofun ou êjiokô e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxalufan.
Considerado um Oxalá muito velho, curvado pelos anos, que anda com dificuldade e hesitação, como se estivesse atacado pelo reumatismo. Ele apoia seus passos cambaleantes sobre um paxorô (ou opaxorô, ou ainda em Yorubá, Opá Oşòró), grande bastão de metal branco, encimado pela imagem de um pássaro e ornado por discos de metal e pequenos sinos. Considerado como o Orixá da Paz, da paciência, tudo que se refere à Oxalá é ligado a calma e a tranquilidade. Sua cor é o branco e seus filhos não podem usar roupa preta, vermelha e tons escuros. Seu dia da semana é a sexta-feira, e por respeito ao pai mais velho, todo povo-de-santo usa branco nesse dia. Sua dança é lenta como o passo do Igbin.
O Igbin, que é chamado o boi de Oxalá, é sua oferenda favorita juntamente com o Ebô. E Igbin também é o nome do toque dedicado à Oxalá. E As Águas de Oxalá é a sua principal festa realizada sempre no mês de janeiro nas principais casas tradicionais da Bahia.

África

Oxalufan - escultura de Carybé em madeira. Oxalufon, ou Orìsà Olúfón, na África é velho e sábio, cujo templo é em Ifon, pouco distante de Oxogbô. Seu culto permanece ainda relativamente bem preservado nessa cidade tranquila, que se caracteriza pela presença de numerosos templos, igrejas católicas e protestantes e mesquitas que atraem, todas elas, aos domingos e sextas-feiras, grande número de fiéis de múltiplas formas de monoteísmos importados de outros países. Em contraste com essa afluência, o dia da semana yorubá consagrado a Orìşànlá só interessa atualmente a pouca gente. Exatamente um pequeno núcleo de seis sacerdotes, os Ìwèfà méfà (Aájè, Aáwa, Olpuwin, Gbògbò, Aláta e Ajíbódù) ligados ao culto de Orìşà Olúfón.
A cerimônia de saudações ao rei de dezesseis em dezesseis dias pelos Ìwèfà e pelos Olóyè chama a atenção pela calma, simplicidade e dignidade. O rei Olúfón espera sentado à porta do palácio reservada só para ele e que dá para o pátio. Ele está vestido com um pano e gorro brancos. Os Olóyè avançam, vestidos de tecido branco amarrado no ombro esquerdo, e seguram um grande cajado. Aproximam-se do rei, param diante dele, colocam o cajado no chão, tiram o gorro, ficam descalços, desatam o tecido amarram-no à cintura. Com o torso nu em sinal de respeito, ajoelham-se e prostram-se várias vezes, ritmando, com uma voz respeitosa, um pouco grave e abafada, uma série de votos de longa vida, de calma, felicidade, fecundidade para suas mulheres, de prosperidade e proteção contra os elementos adversos e contra as pessoas ruins. Tudo isso é expresso em uma linguagem enfeitada de provérbios e de fórmulas tradicionais. Em seguida os Olóyè e os Ìwèfà vão sentar-se de cada lado do rei, trocando saudações, cumprimentos e comentários sobre acontecimentos recentes que interessam à comunidade. A seguir, o rei manda servir-lhes alimentos, dos quais uma parte foi colocada diante do altar de Òsàlúfón, para uma refeição comunitária com o orixá.

Arquétipo

Seus filhos parecem ter mais idade que possuem, pela entidade ser mais velha. São doces, calmos, andam e falam devagar, parecendo idosos. São boas pessoas e sabem que alimentar ressentimentos só faz mal. Com seu jeito calmo, tentam e as vezes conquistam romances
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.



Igba ori: ou ibá ori o é o nome do assentamento sagrado da cabeça de um individuo na cultura nago vodun, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ossá.
Cada igba ori é uma representação material e imaterial de um individuo, captando constantemente energias oriundo da natureza para equilibrar a mente do seu adeptos e crentes. É considerado o primeiro orixá da existência (a essência real do ser). Deve ser assentado e louvado antes de qualquer outro Orixá depois de exu no ritual de Bori, pois só ori permite a compreensão e o transe.
O assentamentos de ori são sempre visto em recipientes de: Porcelana (Variedade de cerâmica dura, branca e translúcida), usado principalmente por iniciantes na feitura de santo. Vaso de cristal (Vidro muito límpido e puro), usado por Babalorixás, Iyalorixás e pessoas de cargo.
Dentro dos recipientes são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada Ori(Yoruba), geralmente uma pedra de cristal de rocha com limpidez e transparência, e dezesseis búzios, tudo conservado em água de chuva ou mineral. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.
Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.


Sassayin, Sassaim: ou Sasanha é o nome que se dá ao ritual do candomblé para retirar a energia vital das folhas e extrair o seu sangue (sumo), "Sangue de origem vegetal", no sentido de purifica e alimentar os objetos sagrados e o corpo dos iniciados, possibilitando o equilíbrio e a renovação das energias.
O ato de cantar as folhas sagradas ou rezar as folhas, com cantigas específicas para cada folha, reconhecidas pelo nome da folha (ewe) e seu conteúdo que é o atributo da folha, utilizado principalmente na preparação do abô, chamada de água sagrada na feitura de santo.