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terça-feira, 26 de maio de 2009

Cerimónia das Águas de Oxalá

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Na quinta-feira à noite, antes de se iniciarem os preceitos desta cerimónia, das 7 horas da noite até à meia noite, todos os filhos da casa devem fazer um Bori, em muitas casas essa obrigação tem sido substituída por um obi, para poderem carregar as águas.
Depois desse Bori ou obi, recolhem-se, até que são acordados, antes do nascer do Sol pela Yalorixá ou pelo Babalorixá para iniciarem o preceito das águas. Os filhos do Axé, vestidos de branco, saem em silêncio do terreiro, em procissão, carregando potes e vasilhas, tendo à frente o Babalorixá ou a Yalorixá que toca o seu adjá. Todos se dirigem para uma fonte próxima ou para um local onde possam recolher água.
Hoje em dia, como muitas casas não têm fontes perto, essa obrigação é feita dentro do próprio terreiro. Algum tempo depois, com as vasilhas cheias de água, aproximam-se de um lugar apropriado, todo cercado de palha, com uma oca indígena, chamado Balué, onde se colocou o assentamento do Orixá Oxalufan. Ali, todos apresentam aquelas águas ao Babalorixá ou à Yalorixá que as derrama por cima do assentamento de Oxalufan.
São feitas três viagens à fonte ou aonde está a água (no caso das casas que não possuem fontes perto), e, na terceira, a água já não é derramada, ficando todas as vasilhas cheias depositadas no Balué, sendo colocada uma cortina branca na porta e uma esteira no chão.
Cada pessoa que chega ajoelha-se sobre aquela esteira em sinal de reverência. Algumas pessoas, os que têm orixá masculino, dão Dodobalé, deitam-se de fio ao comprido, tocando a cabeça no chão. As que são dos orixás femininos dão o Iká otun iká osi, virando-se de um lado e do outro, tocando o chão com a cabeça. Depois dessa cortesia, o Babalorixá ou a yalorixá, juntamente com todos os seus filhos, começa a cantar uma saudação para Oxalá (Oriki):
Babá êpa ôBabá êpa ôArá mi fo adiê Êpa ô Ará mi ko a xekê Axekê koma do dun ôÊpa Babá
Depois de cantada esta saudação, todas as pessoas pertencentes a Oxalá são manifestadas por ele e vão até ao Balué, onde está o assento de Oxalufan. Fazem ali determinadas reverências e cumprimentam todos os presentes, agradecendo o sacrifício daquele dia e rogando a Oduduá para abençoar






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