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segunda-feira, 20 de julho de 2009

OROGBÓ

TUDO SOBRE O CANDOMBLÉ VITOR DE UMBARÁ É OMOJUBÁ MOTUMBÁ MEU PAI

Eu não sei fazer outra coisa a não ser viver pro SANTO MOTUMBÁ MEU PAI ...




Orogbo ou orobô, nome científico Garcinia kola Heckel, é o nome de um fruto sagrado de origem africana, muito utilizado nos rituais do candomblé. Pertence a família da Garcinia.
São utilizados nos ritos de
Orumilá, Xango, Osain e outros aborós, indispensável em jogos divinatórios e na feitura de santo no sentido de alcançar a prosperidade. Utiliza-se também no preparo do abô, sasanha e da comida ritual especificamente nas oferendas de Airá.

Orunmila

Na mitologia Yoruba, Orunmilá é um orixá, e divindade da profecia, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ejibe.
Ele é reconhecido como "ibi keji Olodumare" (segundo só a
Olodumare (Olorum, Deus) e "eliri ipin " (testemunha da criação).
Orunmilá também é às vezes chamado
Ifá (ee-FAH ") que é de fato a incorporação do conhecimento e sabedoria e a forma mais alta da prática de adivinhação entre os Yorubas.
Embora Orunmilá não seja de fato Ifá, a associação íntima existe, porque ele é o que conduz o sacerdócio de
Ifá.
Ifá é o nome de um
Oráculo dos Yoruba na Nigéria.
Os sacerdotes de Ifá são chamados
Babalawo (o pai dos segredos).

Xangô

Xangô, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango.
Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.
Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de
Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian,
divinizado porém, tendo
Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Xangô orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo
raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.
Sacerdote de Xango - Magba
Sacerdotisa de Xango - Iya Magba
Atabaque de Xango - Ilu bata
Toque favorito - Alujá
Fruto favorito - Orogbo
Bichos - Akunko, Agutan, Ajapá

Comida -
Amalá
A característica do orixá do trovão é dada para a divindade
Ayrà na cidade de Savé na região Mahi, região situada no Benin, antigo Dahomé, para Oramfé na cidade de Ifé na região Ijexá e para Xangô na cidade de Oyo na região Yorubá, regiões situadas na Nigéria.

Osanyin

Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain, (como se escreve habitualmente) ou Ossanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor das insabas (folhas). Seria de ambos os sexos assim como Oxumarê, segundo alguns pesquisadores 6 meses seria homem e 6 meses seria mulher. Ossaniyn, Oxumarê e Obaluayê são filhos de Nanã com Oxalá.
Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, chamada de
folha sagrada que são utilizada numa mistura especial chamada de abô, muitas vêzes é representado com uma única perna. Cada Orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ela nenhuma cerimônia é possível.
Ferramenta: sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro na ponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Cores: Verde e branco
Fio-de-contas verde, branco com lista vermelha.
Animais: Bode e galo
Saudação: Ewê ô!


Itan de Osanyin

Osanyin recebera de
Olodumare o segredo das folhas. Ossanyin sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossanyin para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.
Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar Osanyin a propriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, Explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a missão com muito gosto.
O
vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram.
Os
Orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Osanyin permaneceu "senhor/senhora do segredo" de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. E assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graças ao poder (axé) que possui sobre elas.

Aboró

Aboró é o termo usado para definir os Orixás masculinos como: Ogum, Oxóssi, Obaluaiyê, Xangô e outros.

Abô

Água sagrada, Agbo ou simplesmente Abô, são os nomes usados pelo povo do santo para denominar a mistura de folhas sagradas, usada na feitura de santo até a ultima obrigação chamada de axexe.
Sua utilização é larga e irrestrita, significando principalmente a ligação entre o
Orum e Aiye (mundo dos Orixás e o dos Homens). Proporcionando o fortalecimento físico e espiritual, prevenindo e até mesmo curando certos tipos de doenças, segundo alguns estudos. (Barros 1993:81). Também usado na sacralização de objetos como fio de contas e espaços sagrados.
Sua preparação é complexa, com ritos que pode durar até sete dias. A presença de um
Babalorixá e de um Babalosaim é indispensável para sua confecção, pois neste ato litúrgico são exaltados os cânticos de sasanha.
Além de respeitar horários para a colheita das 16
folhas sagradas, sendo oito tipos de folha chamada "fixas" (Ewe Oro) e 8 tipos de folhas "variáveis" (Ewe Orixás), de acordo com o Orixá que se esteja trabalhando, são utilizados, obi, orobo , azeites, mel e até mesmo (Ejé) sangue de animais sacrificados, entrarão nesta misteriosa mistura, tão importante para esta cultura também denominada como Jêje-Nagô.
Ewe oro e Ewe
Orixás são folhas sagradas pertinentes a cada terreiro, podendo variar de acordo com sua regência, todavia são escolhidas ou herdadas de forma ordenada, geralmente seguindo um equilíbrio: folha gún (excitantequente”) , seu significado em nagô é “chama transe”, associada com uma folha èrò (calmafria”), que é catalisadora da propriedades de outras plantas, formando assim uma parceria perfeita, para uma sintonia harmônica .
As folhas gún ou èrò podem ser macho (agboro) ou fêmea (Yagbá). Na realidade o que distingue sua associação são as formas, se pontiagudas são consideradas masculinos se arredondadas femininos, todas elas tem o domínio do Orixá
Osanyin.

Sassayin

Sassayin, Sassaim ou Sasanha é o nome que se dá ao ritual do candomblé para retirar a energia vital das folhas e extrair o seu sangue (sumo), "Sangue de origem vegetal", no sentido de purifica e alimentar os objetos sagrados e o corpo dos iniciados, possibilitando o equilíbrio e a renovação das energias.
O ato de cantar as
folhas sagradas ou rezar as folhas, com cantigas específicas para cada folha, reconhecidas pelo nome da folha (ewe) e seu conteúdo que é o atributo da folha, utilizado principalmente na preparação do abô, chamada de água sagrada na feitura de santo.

Comida ritual

Comida ritual, nas religiões consideradas afro brasileiras, são as comidas específicas de cada Orixá, cujo preparo requer um verdadeiro ritual. Esses alimentos depois de prontos são oferecidos aos Orixás acompanhados de rezas e cantigas. Durante a festa ou no final, em grande parte são distribuídas para todos os presentes. São chamadas comida de axé, pois acredita-se que o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de axé as mesmas.
A
Iyabassê é a pessoa responsável por cumprir esse ritual. Existem Orixás que não aceitam comidas com azeite de dendê, outros não aceitam mel, outros não aceitam sal, outros não aceitam camarão, etc... A Iyabassê precisa saber exatamente como se prepara cada uma dessas comidas, para que elas sejam aceitas pelos Orixás respectivos.
Abará
Abalá
Abadô
Aberém
Abóbora de caboclo
Acaçá
Acarajé
Ado
Ajebo
Amalá
Amió

Angu
Arroz de hausa
Axoxô
Bobó
Carurú
Deburu ou Doburu
Dibô
Ebô
Ebôya
Efó
Erã peterê
Ekuru
Farofa (ritual)

Fubá
furá
Imbé
Ipeté
Ixé
Jacuba
Jurema
Lelê
mungunzá (ritual)
Omolocum
Vatapá
Xinxim de galinha

Xango airá

Ayrà ou Xangô Airá, (como é cultuado em candomblés no Brasil) normalmente confundido com Xangô, na verdade é um orixá próprio, que pertence à família de Xangô em Oyó, Nigéria, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejilaxebora e ofun. Este orixá veste-se de branco, tem profundas ligações com Oxalá, e é o grande homenageado durante a festa do fogo (Isire Ina Ayra) que, no Brasil, comemora-se em 29 de junho.
Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com
dendê, e sim com banha de ori africana. Come quiabos, assim como Xangô e toda a sua família, numa oferenda chamada ajebo.
Segundo os mitos, Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no reino de seu filho, Xangô, sem que este soubesse do fato. Grandes calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando Xangô finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai, resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em todo o reino, em sua homenagem. A festividade conhecida hoje como
Águas de Oxalá remonta a esse acontecimento.
No entanto, Oxalá estava muito alquebrado, ferido e entristecido. Apesar de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao seu próprio reino, em
Ifé, onde Yemanjá, sua esposa, o aguardava. Xangô não podia acompanhá-lo pois precisava colocar em ordem o próprio reino e pediu a Airá que fizesse isso em seu lugar.
Foi assim que Airá tornou-se o companheiro de
Oxalá, pois a viagem foi muito longa já que Oxalá andava muito devagar (conta-se também que Airá carregava Oxalá nas costas) pelo fato de ainda estar se recuperando dos ferimentos que adquirira durante os sete anos de prisão.
Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisava descansar. Para aquecê-lo e distraí-lo dos próprios pensamentos, Airá mandava que acendessem uma grande fogueira no acampamento. Oxalá observava o fogo e Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó.
Desse modo, tornou-se tradição acender a fogueira no dia 29 de junho de cada ano (no Brasil), em homenagem a Airá e à viagem que fez em companhia de Oxalá.
Em alguns terreiros de candomblé cultua-se um grupo de qualidades de Xangô que recebe o nome de Airá. Também se acredita que Airá seja um orixá diferente de Xangô e que participa de alguns de seus mitos. O mais comum é considerar-se Airá como um Xangô branco. Vejamos algumas das subdivisões de Airá.

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