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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Erinlé














Na África, Erinle tinha seu próprio culto. No Brasil,
Erinle foi incorporado ao culto de Oxossi (Oshossi ).
A fundamentação de Odé Inle envolve muitos
detalhes, mas nesta mensagem falaremos apenas
de "dois"detalhes, dos seus muitos fundamentos.
O primeiro é que este Orixá não come bode nem pombo. Sendo seus bichos preferidos: tatu, konken, galos e juriti.
O segundo é que Odé Inle come sempre junto com
uma qualidade de Oxun ( Osun ). Ficando o assentamento desta Oxun, embaixo do de Inle.

Erinlé (Erínlè) é uma divindade Yorubá cujo culto se localiza junto do rio com o seu nome, um afluente do rio Oxùn (Oxum) que atravessa Ìlobùú, uma cidade do sul da Nigéria Ocidental, Ogbomoxo e Oxogbo, centro de comércio de produtos agrícolas como inhame, milho, mandioca, óleo de dendê, abóbora, feijão e quiabo. Caçador, pescador e médico-botânico, neste aspecto muito similar a Osanyin (Ossain), pelo que o cajado dos sacerdotes de Erinlé (òsù-erínlè) assemelha-se ao cajado dos sacerdotes de Ossain.
Embora possa ser descrito como uma divindade hermafrodita, nas terras Yorubás é cultuado como uma divindade masculina. No candomblé Ketu, no Novo Mundo, Erinlé é apresentado muitas vezes como Òshòssì (Oxóssi) Ibualama, um velho caçador, ou como Inlé, um jovem delicado. Certo é que Erinlé mora na floresta como Ossain e Oxóssi, possuindo ainda ligação com Okô, o Orixá da agricultura, e ao mesmo tempo nas águas como Yemanjá, Oxum e Otin. Dessa ligação com as águas se diz que Erinlé mora onde a água doce se encontra com a água salgada. Erinlé seria acompanhado por Abatan, sua contrapartida feminina, metade do equilíbrio masculino-feminino. Na Nigéria Erinlé tem vários caminhos (ibú): ojútù, Álamo, Owáálá, Abátàn, Ìyámòkín, Àánú.

Lenda de Erinlé

Orunmilá consultou Ifá, antes de deixar Ifé, para ir a um país de vales.
Os adivinhos lhe disseram:
“Neste país de vales, onde pretendes ir, encontrarás um bom amigo.
Deves fazer oferendas antes de partir, para que tua viagem seja feliz.”
Orunmilá fez as oferendas. Ele ofereceu quatro pombos e oito mil búzios da costa.
Quando ele chegou lá, quando Orunmilá chegou naquele país de vales, ele tornou-se amigo de Erinlé.
Erinlé é um caçador.
Erinlé é também um guerreiro.
Erinlé é, além de tudo, um orixá.
Esta amizade foi grande.
Erinlé tomou dinheiro emprestado a Orunmilá. O montante deste empréstimo foi de doze mil búzios.
Quando chegou a hora de Orunmilá retornar à casa de Ifé, Erinlé teria de reembolsar o empréstimo.
Mas ele não tinha dinheiro. Ele sentiu vergonha e foi consultar Ifá.
“Onde poderei encontrar este dinheiro?”
Os adivinhos lhe aconselharam a oferecer um carneiro, um galo e um cachorro. Disseram-lhe, ainda, que deveria oferecer vinte e um sacos de búzios da costa.
Erinlé exclamou:
“Ah! Já devo doze mil búzios! Onde poderei encontrar todas estas coisas?”
Erinlé tinha um talismã nas mãos. A qualquer momento ele poderia, graças a este talismã, transformar-se em água. Quando ele assim o desejasse.
Erinlé foi, então, ao lugar onde costumava caçar. Pôs o talismã no chão e entrou terra adentro. Neste lugar havia uma jarra com água.
Seus filhos o procuraram durante muito tempo. Eles foram consultar Orunmilá para que ele examinasse o caso. Orunmilá lhes disse:
“Façam oferendas para encontrar vosso pai. Talvez não o vereis mais, Mas encontrarão um sinal dele.”
Disse-lhes, ainda, Que oferecessem sete cachorros, sete carneiros, sete galos e Vinte e um sacos de búzios da costa.
Os filhos de Erinlé fizeram as oferendas. Orunmilá lhes dissera, também, que deveriam ir com os carneiros, os cães e os galos, chamar pelo pai. E eles foram.
Percorreram todos os lugares onde Erinlé costumava ir. Quando chegaram ao local onde Erinlé entrara terra adentro, Encontraram seus instrumentos de caça: Fuzil, lança, arco e flechas. Todo o material que ele usava para caçar. E, bem no meio disso tudo, eles viram a jarra com água.
Esta água começou a escorrer.
Esta água era abundante.
Os filhos saudaram o pai assim:
“Oh! Erinlé, o caçador, retorne à casa! Nós oferecemos carneiro, cachorro e galos!”
E chamaram Erinlé, sem descanso.
Quando eles ofereceram estas coisas, o rio os seguiu no caminho de casa. Erinlé lhes disse para deixar os galos livres, no lugar onde os encontraram.
Os galos que naquele dia eles deixaram livres, são os galos que Erinlé cria perto de seu rio, até hoje. Ninguém ousa mata-los. Certa vez, pessoas ignorantes mataram alguns. Mas os galos ressuscitavam sempre. Desde que o prato estivesse pronto, Os galos saltavam da tigela, Batiam novamente suas asas – Puf! Puf! Puf! E iam empoleirar-se numa árvore Akô, Cantando de novo seu cocoricô!
No mesmo momento em que Erinlé, o rio, se pôs a correr, Oxum preparava-se para partir da cidade de Ijumu. Ela também se pôs a correr. E eles se encontraram perto de Edé. Ali onde se encontraram, o leito destes rios é suave – eles estão felizes. E o curso de ambos tornou-se um mesmo. Juntos, eles correm para a lagoa.

Vamos falar das qualidades de Odé mais cultuadas no candomblé ketu:
Akueran é um Odé que quando bem fundamentado, traz muita prosperidade, tanto para a Iyawo, quanto para o Ile axe.
Dana Dana é um Odé difícil de lidar, por isso muitos Sacerdotes não gostam de iniciar pessoas desse Orixá.

Isangbo caminha com Omolu.

Onikunle é um Odé das montanhas.

Aberunja é um pescador.

Kare tem uma forte ligação com Oxun e toda sua fundamentação caminha nesse sentido.
Inle/Ibualamo, para alguns são qualidades diferentes de odé, para outros são o mesmo Orixá.
Qualidades de Odé mais cultuadas em ketu.
Esperamos poder ter ajudado com os primeiros
conhecimentos do Orixá Oxossi.
Destacamos que, cada qualidade de Odé tem as
suas particularidades de culto.
Vamos falar um pouco das características dos filhos de Oxossi.
Conhecer as próprias características, significa poder evitar situações desagradáveis e alcançar mais rapidamente os objetivos.
Os filhos de Odé estão sempre em atividade. Não gostam de ver ninguém mal e lutam pelo bem estar de todos. São fartos, generosos, desconfiados e dotados de uma incrível velocidade de raciocínio, o que os levam a tomarem muitas decisões preciptadas, das quais, geralmente, logo se arrependem.
Odé representa a prosperidade através do esforço e do trabalho. É o Orixá que indica o melhor caminho que temos à seguir.
No candomblé existem muitas divergências, em torno do Odu que mais influencia os filhos de Oxossi. Alguns Sacerdotes dizem ser o Odu Yrosun, outros dizem ser Oshe, outros Obara e, ainda ha quem diga ser Odi.

Obará é o Odu onde nasceu a vida humana e espiritual. É por este Odu que podemos compreender melhor os assentamentos de ORIXÁS.
OBARÁ quer dizer: "rei do corpo" (físico e espiritual).
Um Assentamento só pode ser feito através de um de um ritual, o qual envolve uma grande variedade de materiais: folhas, rezas, animais...

Tudo ligado ao fenômeno da natureza que se quer Assentar, ou seja: tudo ligado ao Orixá que se quer assentar.
O Orixá, vendo e gostando daquilo que está sendo feito no ritual, vai se aproximando e tomando "vida". Ficando aquele assentamento (que representa o "corpo" do Orixá), impregnado com a sua essência.
Portanto, assentar um Orixá é dominar um fenômeno da natureza: para que nos traga benefícios, através dos
presentes que lhe são ofertados; para que nos traga, vida longa, prosperidade, felicidade, filhos, vitórias...

2 comentários:

  1. Nossa muito bom gostei,se tiver mas algumas informações ,meu endereço eromdudu@gmail.com

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  2. Muito bom gostei de verdade

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